Resumo

O AJ Malls FII (AJFI11) é um fundo de tijolo com foco em shopping centers, detendo participações em 6 shoppings, todos localizados em Santa Catarina e geridos pelo grupo Almeida Junior. Em maio de 2025, a gestão destacou o início de uma nova estratégia de desenvolvimento imobiliário com o lançamento do 'Continente Shopping Residences', um projeto com VGV de R$ 1 bilhão anexo ao principal ativo do fundo. Essa estratégia de longo prazo visa adensar e agregar valor às áreas primárias dos shoppings. O fundo continua a enfrentar um cenário de mercado desafiador, com a cota negociando com forte desconto e baixa liquidez .

Desempenho

Em maio, o fundo gerou um resultado de R$ 0,0680 por cota e distribuiu R$ 0,07. A cota de mercado encerrou o mês a R$ 7,38, uma leve alta em relação a abril, enquanto a cota patrimonial permaneceu estável em R$ 12,16. O P/VP continua em um patamar baixo, em 0,61, refletindo o pessimismo do mercado. Operacionalmente, a vacância média do portfólio apresentou uma melhora, caindo para 8,76%. O volume de negociação mensal, no entanto, sofreu uma queda expressiva de 63% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

Dividendos

A distribuição em maio foi de R$ 0,07 por cota, mantendo a estabilidade dos proventos. Este valor corresponde a um dividend yield mensal de 0,95% sobre a cota de mercado de R$ 7,38. Pelo segundo mês consecutivo, o resultado gerado (R$ 0,0680/cota) foi ligeiramente inferior à distribuição, indicando o uso de uma pequena parcela de resultados acumulados para complementar o pagamento.

Avaliação neutro

O fundo apresenta uma performance operacional sólida, com melhora na vacância e uma nova tese de investimento promissora através dos desenvolvimentos residenciais, que podem destravar valor no longo prazo. Contudo, o mercado secundário continua a penalizar a cota, refletindo preocupações com a baixa liquidez e a alta concentração geográfica e de operador. A distribuição recorrente acima do resultado, embora por margem pequena, é um ponto de atenção. A nova frente de desenvolvimento adiciona risco de execução, mas também um potencial de valorização significativo. A avaliação atual (P/VP de 0,61) parece descontar excessivamente a qualidade dos ativos, mas a falta de liquidez permanece como um desafio real para o investidor.

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